terça-feira, 8 de julho de 2008

Um pouco da vida de Édith Piaf.

Édith Giovanna Gassionera nasceu em Belleville, um bairro de imigrantes da capital francesa.Sua mãe Annetta Giovanna Maillard,era de ascendência italiana e cantava nas ruas e em cafés com o pseudônimo de Line Marsa.Seu pai Louis-Alphonse Gassion trabalhava no circo como contorcionista e tinha um passado teatral.
Convocado para servir na Primeira Guerra logo após o nascimento da menina.
Quando pequena Édith foi deixada por sua mãe,ela ficou primeiro por um curto período,sob a guarda da avó materna e depois,por volta dos dois anos,da avó paterna,Madame Louise,que administrava um bordel na Normandia.
Com o trabalho de sua avó no bordel,Édith tinha contato com prostitutas e seus clientes,e o que ocasionou nela um profundo impacto em sua personalidade e visão sobre a vida.
Pouco tempo depois seu pai,voltando da guerra, encontrou-a enferma. Ele procurou sua mãe e pediu pra ela cuidar da Édith para ele poder voltar a servir o Exército Francês (em 1916).
Durante a infância,nos seus 7 ou 8 anos,ela perde momentaneamente sua visão por razão de um queratite (uma inflamação de córnea). Após tomado todos os cuidados necessários,em oito dias Édith estava curada.Apesar dos parcos cuidados médicos,a avó e mais tarde a própria Édith creditaram o restabelecimento da visão a um milagre de Santa Teresa de Lisieux. A devoção de Piaf passou a ser tamanha que,já famosa,um crucifixo era o único ornamento autorizado a contornar seu pescoço.
Em 1929,quando seu pai volta da guerra,ele a busca e retoma sua vida artística como contorcionista. Édith o acompanha ajudando-o nas ruas e mais tarde em pequenos circos itinerantes. Não demorou muito ela já estava cantando pelas ruas sozinha. Aos 17 anos,Édith se apaixonou por Louis Dupont com quem teve uma filha,Marcelle, que morreu de meningite aos dois anos de idade.
A depressão brutal na qual a cantora mergulhou deu início a sua impressionante decadência física.Piaf ocupou-se,durante a década de 1950,de excursões internacionais,da atualização de sua agenda sentimental,novas gravações e shows mas,acima de tudo,de procurar fugir da dependência do álcool e da morfina.Teve algum sucesso neste último quesito,mas não restavam mais dúvidas de que a garganta era a única parte de seu corpo ainda imune aos excessos. Diante de um público assustado,Piaf desmaiaria várias vezes durante seus concertos,tanto na França quanto nos Estados Unidos. Os médicos a proibiam de cantar,e ela sistematicamente os desobedecia. Graças a esta teimosia o Olympia de Paris foi palco,no final de 1960,de um dos momentos mais comoventes de sua história: Piaf apresentou ao público Non, Je Ne Regrette rien – mais do que uma canção,um testamento,um acerto de contas final entre a grande cantora e sua trajetória trágica. O Olympia abriu as cortinas para Piaf,pela última vez,em setembro de 1962.Depois de dois longos períodos internada com coma hepático,Édith Piaf morreu no dia 11 de outubro de 1963,na cidade de Grasse,sul da França. Seu corpo foi transportado para Paris e enterrado no cemitério de Père Lachaise no dia 14,uma segunda-feira em que a capital francesa parou para se despedir daquela menina que,vinda das vielas,ensinou à França e ao mundo como cantar o destino dos desvalidos,das prostitutas,dos bêbados,dos soldados e,claro,dos amantes. Com 1m48 de altura, 32 quilos de peso nas ocasiões em que sua debilidade física se mostrou mais aguda, cabelos mal-penteados, vestidos negros de corte obsoleto e olhos que pareciam desproporcionais no desenho de seu rosto arredondado, Piaf foi, como também o foram Billie Holiday, Janis Joplin e Elis Regina, aquele tipo de cantora que encontrou nas lágrimas o melhor lubrificante para cordas vocais já assustadoramente privilegiadas. Revelou no palco, sem qualquer escrúpulo, um tipo de interpretação e entrega que iam além da prudência e cuja dramaticidade, por vezes exagerada, só não era maior do que a sinceridade com que revestia cada nota.


Fonte:wikipédia e outros sites relacionados a Piaf.

Um comentário:

Dário Souza disse...

semana passada tive o prazer de ver o filme Piaf,apesar de esperar mais do filme,nao posso deixar de dizer que a atuação da atriz que eu nao sei o nome é excepcional,como ela anda,como ela fala,o olhar dela,ela mereceu mesmo ganhar o oscar de melhor atriz.