sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Nunca mais ruela.


Enquanto ela caminha por uma ruela, pássaros cantam, vidas recomeçam, destinos são mudados, cores são apagadas, quadros pintados, retratos tirados.
Ela não percebe nada de diferente, ela continua a andar e não olhar para trás, ela se sente leve, renovada, como se um novo ciclo tivesse começado naquele momento.
Mas ela num sabe que quando chegar em casa, haverá mudado algo, ela não verá mais as roupas no armário, o cheiro de naftalina não vai mais sentir, os retratos foram levados e sua cama ficará fria a noite, ela não vai mais ver Amelie Poulain e pensar no seu amor, ela vai simplesmente mudar e quando ela mudar não vai mais olhar pra trás.
Se sentirás leve, flutuará sobre um céu azul e sentirá o flescor das novas rosas que desabrocharam na primavera.
Ela nunca mais andará sem rumo, ver aonde tudo dará, vai saber manter amizades e continuar conversas, saberá entender ao outro e nunca mais vai querer ver lágrimas nos olhos de outra pessoa e não fazer nada, ela vai retardar, vai hibernar e não vai mais querer saber daquele passado. Nunca mais ruela, nunca mais ruela.


Apenas mais uma fábula viajante =]